Relatório sobre o setor mostra que apetite dos investidores diminuiu recentemente, mas o país ainda tem muitas oportunidades. Nos últimos anos, o ecossistema de startups no Brasil tem vivenciado uma verdadeira revolução, atraindo um total impressionante de R$108 bilhões em investimentos.
De um total de 5.155 rodadas registradas, o Brasil foi responsável por 3.340 delas nesse período, esse montante não apenas coloca o Brasil como líder de aportes na América Latina, mas também o projeta como um dos principais destinos de investimento em startups no cenário global.
Essa trajetória ascendente é resultado de uma conjunção de fatores favoráveis, incluindo um mercado interno robusto, uma crescente cultura empreendedora, políticas de incentivo e uma oferta abundante de talentos. Empresas inovadoras, com propostas disruptivas e soluções tecnológicas inovadoras, têm atraído a atenção de investidores, nacionais e internacionais.
O levantamento feito pelo Sotfbank mostrou que o Brasil tem o maior número de unicórnios, startups que já alcançaram valor de mercado de US$ 1 bilhão. São 24 brasileiras, contra sete no México e na Argentina, três no Chile, duas na Colômbia e uma no Equador e Uruguai. As 45 startups da América Latina que chegaram ao status de unicórnio levaram 8,5 anos em média para atingir esse patamar e o avanço do ecossistema de inovação na região tem impulsionado o surgimento de novos unicórnios.
No entanto, vale ressaltar que recentemente observamos uma desaceleração no apetite dos investidores. Esse cenário pode ser atribuído a diversos fatores, como a volatilidade econômica global, mudanças regulatórias e as incertezas trazidas pela pandemia da COVID-19. Mas, mesmo com esse desafio, o Brasil mantém-se no radar dos investidores, com muitas oportunidades promissoras à vista.
