Desde pequena, ouvia que a ambição era algo ruim. Cresci em um ambiente super familiar mas sempre diziam que ser ambiciosa era visto como um defeito. Diziam que pessoas ambiciosas eram egoístas, que a ambição transformava tudo em uma corrida desenfreada pelo sucesso, sem se importar com quem ficasse pelo caminho. ME ENGANARAM A VIDA TODA!!!!!
Hoje, olhando para a minha trajetória e para a de tantas mulheres ao meu redor, percebo que a ambição é algo muito diferente do que fui ensinada a acreditar. Para mim, a ambição é uma força, um motor interno que me impulsiona a ir além, a desafiar os limites impostos e a redefinir o que é possível.
Acredito que muitas mulheres compartilham desse sentimento, mesmo que, muitas vezes, ele seja silenciado ou disfarçado. Vivemos em uma sociedade que, por muito tempo, ensinou que a ambição nas mulheres deveria ser contida. Somos frequentemente desencorajadas a sermos ambiciosas. A mensagem subliminar sempre foi clara: a ambição em homens é natural e esperada, mas em mulheres é vista com suspeita, como se fosse algo fora de lugar, uma transgressão. E quando uma mulher assume sua ambição, ela é muitas vezes rotulada de “mandona”, “difícil”, ou até mesmo “insensível”. Observem e sintam esta realidade!
Mas o que realmente é a ambição?
Para mim, a ambição é o desejo de alcançar mais, de não se contentar com o que está dado, de olhar além do horizonte e querer fazer a diferença. Não se trata de pisar em ninguém, mas de sonhar grande, de buscar a superação dos próprios limites. Mulheres ambiciosas não aceitam o “não pode” ou o “não deve”. Elas olham para essas limitações e pensam: “E se eu redefinir isso? E se, ao invés de aceitar o que já existe, eu criar algo novo?”
Olhando para a história, encontramos muitos exemplos de mulheres que, com sua ambição, não apenas superaram barreiras, mas redefiniram o mundo à sua volta. Pense em Marie Skłodowska-Curie que desafiou os estereótipos da ciência e se tornou a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel, não uma, mas duas vezes. Ou em Malala Yousafzai , cuja ambição era simples: garantir o direito à educação para todas as meninas. Essas mulheres não aceitaram os limites impostos a elas. Elas os redesenharam e, com isso, mudaram a história.
No entanto, existe outro lado da ambição que precisa ser mencionado. Muitas vezes, a ambição é vista como um motivo de rivalidade entre mulheres. Desde cedo, somos incentivadas a competir umas com as outras, a acreditar que, para uma mulher brilhar, a outra precisa apagar sua luz. Isso cria um ambiente tóxico, onde o sucesso de uma é percebido como uma ameaça para as outras. Sim,vivemos isto dia após dia! Mas essa visão é estreita.
Quando a ambição é mal compreendida [seja mulher ou homem] ou mal calibrada, ela pode sim gerar inveja, frustração e isolamento.
Mas a verdade é que não precisamos competir. O sucesso de uma mulher não diminui as chances da outra. Pelo contrário, quando apoiamos umas às outras, quando reconhecemos que podemos todas vencer juntas, criamos uma força coletiva imbatível. O movimento de mulheres apoiando mulheres é a prova de que a ambição, quando bem calibrada e ajustada para bons desafios, se torna um desejo genuíno de vencer — não só individualmente, mas coletivamente.
Eu escolhi abraçar minha ambição. Escolhi não me desculpar por querer mais, por sonhar grande, por acreditar que posso e devo buscar a realização dos meus desejos. E acredito que todas nós temos o direito de fazer o mesmo. Quando olhamos para a ambição como uma força positiva, ela deixa de ser vista como algo negativo ou egoísta e passa a ser um motor de transformação.
A ambição é minha aliada, e pode ser sua também. Ela me permite enxergar além do que me disseram ser possível, além do que outras pessoas esperavam de mim. Eu não aceito os limites impostos. Eu os redefino. E quando nós, mulheres, nos apoiamos mutuamente nesse caminho, criando uma rede de suporte e inspiração, não há limite que não possa ser superado.
Então, ao invés de pedir desculpas por nossa ambição, vamos celebrar esse sentimento. Vamos usá-lo para construir pontes, abrir portas, conquistar espaços. Não temos que nos diminuir para caber nas expectativas dos outros. Temos, sim, que abraçar nossa ambição, ajustá-la aos nossos valores e usá-la para criar o mundo que queremos ver.
A ambição é, acima de tudo, um convite à transformação. E nós, mulheres, estamos mais do que prontas para aceitá-lo.
E você, tem a sua ambição bem calibrada?
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